Salvador Sobral convida André Santos e Manuel Rocha
16 JULHO - 22H | MOSTEIRO DA CARTUXA/ CLAUSTROS EXTERIORES (CAXIAS)
Durante a digressão de apresentação do disco "bpm", Salvador Sobral convocou o guitarrista da irmã Luísa para substituir o titular André Santos nalgumas datas ao vivo, por apreciar o timbre do instrumento, por ele cantar bem e por ele lhe parecer "boa onda". Manuel Rocha assumiu desta forma aquela função por vezes ingrata de ser o segundo guitarrista duma banda. A verdade é que, nas palavras de Salvador Sobral, "os dois representam mundos completamente distintos, com timbres e estilos diferentes mas ambos muito musicais e emocionais." O André e o Manuel estarão por isso agora em palco para dedilharem em conjunto as cordas que vão acompanhar a voz do Salvador e protagonizarem três concertos muito especiais a convite do festival Soam as Guitarras.
Jorge Palma com Vicente Palma
Jorge Palma é um caso raro em Portugal. Compositor e intérprete admirado pelos colegas, amado pelo público, demasiado célebre para o papel de génio obscuro, demasiado genuíno e rebelde para ser um músico previsível e formatado.
O seu percurso de vida observa-se sempre a par da música. Exímio pianista, começou a aprender a tocar este instrumento apenas com seis anos de idade. Durante a adolescência e a par da formação erudita começa a interessar-se pelo rock'n'roll, e de um modo geral pela música popular americana e inglesa. Durante os anos 70 e o princípio da década de 80 o seu percurso artístico dividiu-se entre as suas primeiras edições fonográficas em Portugal e as ruas e carruagens de metro de cidades europeias como Paris e Copenhaga, onde enfrentava o público de guitarra em punho.
Terminou o Curso Superior de Piano em 1990 e no ano seguinte editou o emblemático álbum "Só". Na mesma década formou o "Palma's Gang" e integrou projectos como os "Rio Grande" ou os "Cabeças no Ar". Ao longo da sua carreira lançou vários discos de originais, compôs êxitos e somou discos de ouro, tendo atingido a marca da dupla platina com "Voo Nocturno". A sua obra contém canções amplamente transversais com temas como "Frágil", "Deixa-me Rir", "Dá-me Lume" ou "Encosta-te a mim", que se tornaram hinos intemporais.
Em 2020 celebrou "70 Voltas ao Sol" no Castelo São Jorge, num espectáculo com uma orquestra de câmara dirigida pelo maestro Cesário Costa e com arranjos dos compositores Filipe Melo e Filipe Raposo. Foi ainda agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Lisboa e com a Ordem do Infante Dom Henrique.
Vicente Palma é um músico multifacetado que conta com mais de 20 anos de experiência, não só enquanto membro integrante da banda do seu pai, mas também enquanto compositor e intérprete em nome próprio. Recentemente tornou-se também elemento residente do grupo "Tais Quais", onde para além da sua voz e piano, também compõe, ao lado de Tim, João Gil, Vitorinio, Celina da Piedade, Paulo Ribeiro, Sebastião Santos e Serafim. Actua também enquanto músico ao lado da cantautora Joana Alegre.
Neste espectáculo que reúne em palco pai e filho, junta-se aos laços que os unem a cumplicidade única que a partilha da música lhes trouxe. Os dois harmonizam vozes e guitarras, numa equação onde também o piano (paixão de ambos) não poderia faltar.
Samuel Úria - Canções do Pós-Guerra_Solo
O título escolhido para esta apresentação corre o risco de soar démodé ou até desactualizado se o resumirmos ao contexto social em que vivemos os últimos dois anos. Efectivamente, foi também esse o título que Samuel Úria deu ao seu último disco de originais publicado no final de 2020, mas também nessa altura associá-lo à situação pandémica era redutor.
Se, como supomos, o leitor é conhecedor da obra do cantautor, saberá que a "guerra" a que Samuel se refere, será, como sempre, interior e espiritual. Aliás, uma vez mais, obriga-nos a olhar para dentro. Não num exercício egocêntrico mas antes como parte de um caminho de necessária partilha.
A apresentação que o "trovador das patilhas", como é carinhosamente apelidado, nos traz esta noite será eminentemente a solo. E "eminentemente" porque, exclusivamente para esta participação no "Festival Soam As Guitarras", irá ter uma participação especial. Uma partilha que consideramos ser vantagem nossa (e vossa) já que Samuel se propõe subir a palco apenas acompanhado dos seus instrumentos, das suas canções e, em momentos, da voz inconfundível de Manuela Azevedo.
SETÚBAL - participação especial CLÁUDIA PASCOAL
A participação de Cláudia Pascoal faz adivinhar que tomará também como sua, pelo menos esta noite, a canção "Viver" que para ela criou ou, até mesmo, usurpará alguma das que se destacaram no álbum de estreia da surpreendente Cláudia.
OEIRAS - participação especial JOANA ESPADINHA
A participação de Joana Espadinha faz adivinhar que tomará também como suas, pelo menos esta noite, algumas das que criadora de ?O Material Tem Sempre Razão? ou ?Ninguém Nos Vai Tirar o Sol? nos deu a conhecer.
PÓVOA DE VARZIM - participação especial MANUELA AZEVEDO
O espetáculo com a participação de Manuela Azevedo faz adivinhar que tomará também como suas, pelo menos esta noite, algumas das canções que co-criou para os Clã ou, até mesmo, usurpará alguma das que a voz de Manuela Azevedo eternizou.
Budda Guedes & João Cabeleira
Quando duas gerações de músicos se juntam muito pode acontecer. Duas guitarras em palco e a poderosa voz de Budda Guedes fazem uma hora passar a voar!!
Desde algumas composições inéditas, a músicas da autoria e do repertório de de Budda Guedes, a uma versão electrizante de "Verdes Anos", este espectáculo mostra os dois músicos nacionais numa versão muito mais crua do que nos habituamos a vê-los.
João Cabeleira traz a sua assinatura sónica para palco, confirmando-se como o mais icónico guitarrista nacional e Budda Guedes mostra que é muito mais do que um Bluesman. A conversa espontânea entre os dois, bem como a partilha de histórias, fazem deste concerto um momento de música e entretenimento imperdível
No entanto não se trata apenas de um concerto para amantes da guitarra mas para todos os amantes de música
Luísa Sobral
Luísa Sobral é um nome incontornável da nova geração de artistas portugueses.
Estreia-se em 2011 com a edição de The Cherry on My Cake, um álbum muito bem recebido pelo público e pela crítica. Seguem-se There's A Flower In My Bedroom (2013), com convidados como Jamie Cullum, António Zambujo e Mário Laginha, Lu-Pu-I-Pi-Sa-Pa (2014) onde expande o seu universo além da estética dos seus dois primeiros discos, e Luísa (2016), gravado em Los Angeles pelo prestigiado produtor Joe Henry (Madonna, Elvis Costello, entre outros).
A faceta de compositora de Luísa vai-se destacando ao longo destes anos, chegando a compor para artistas como Ana Moura, António Zambujo, Gisela João, Marco Rodrigues, Mayra Andrade, entre outros. Em 2017, é convidada para compor um tema para o Festival da Canção. Nasce assim Amar Pelos Dois, que Luísa entrega ao irmão, Salvador Sobral, para interpretar. A parceria fraterna revela-se um estrondoso sucesso: Portugal conquista a sua primeira vitória de sempre na Eurovisão. Durante este período, Luísa produz ainda os álbuns As Blue As Red (2018), de Elisa Rodrigues, Coreto (2020), de Rogério Charraz, e o mais recente álbum de Joana Alegre.
No final de 2018, Luísa edita o seu quinto álbum de originais, Rosa. Para a produção convida o catalão Raül Refree, um dos mais prestigiados produtores e multi-instrumentistas de Espanha. Rosa é o álbum mais pessoal, maduro e intimista de Luísa Sobral, privilegiando além da voz e da guitarra, um trio de sopros e elementos de percussão clássica. A beleza das composições é realçada pelo despojo dos arranjos e pela cumplicidade criativa entre Luísa e Refree.
Em 2020, Luísa volta a expandir os seus horizontes criativos. Lança um novo single com a cantora espanhola Zahara e estreia O Avesso da Canção, podcast onde conversa com grandes nomes da música portuguesa sobre a arte da escrita de canções. 2020 marca também a estreia em palco com o irmão Salvador Sobral numa série de concertos inéditos em Lisboa e no Porto.
Além de ser uma das artistas mais requisitadas pelo público português, Luísa tem também uma vasta experiência internacional. Desde 2011, ano em que atuou no mítico programa BBC "Later...with Jools Holland", que Luísa vai acumulando digressões por países tão distintos como Espanha, França, Turquia, Israel, Austrália, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, EUA, Marrocos, África do Sul, Namíbia, Zimbabué, Botswana, Japão, Brasil, Uruguai, entre outros. Destacam-se ainda presenças em múltiplos festivais e showcases, como o Festival WOMAD em Adelaide (Austrália), o Red Sea Winter Jazz Festival em Eilat (Israel), Festival de Jazz de Barcelona, o Festival de Jazz de Cartagena, o London Jazz Festival, o Cully Jazz, o festival SXSW no Texas, entre outros
Recentemente, Luísa regressou às edições discográficas com o mini-álbum "Camomila" (2021), que tem agarrado o coração do público mais jovem, e com o single "Quero Morar numa Canção" (2022). Setembro traz novo disco e nova digressão.
Expresso Transatlântico
"Primeira Rodada" marca a estreia dos Expresso Transatlântico. Para além de músicos, Sebastião Varela, Rafael Matos e Gaspar Varela, consideram-se família e pretendem levar este barco a bom porto.
O Expresso Transatlântico existe como ferramenta de união entre tudo aquilo que está à volta destes três rapazes de Lisboa. As sonoridades da música popular portuguesa, africana e brasileira, fazem parte da sua identidade enquanto músicos e servem para construir pilares à volta das músicas que criam.
Não percam esta viagem!
Bernardo Couto
«A ideia deste concerto é a de apresentar ao público o trabalho a que eu e o violista Bernardo Saldanha nos dedicámos durante quase todo o confinamento. Quero deixar um contributo, o meu contributo pessoal, ao repertório de guitarradas de Lisboa, com o único objetivo de que possam um dia vir a ser tocadas pelos guitarristas da cidade, passando assim a fazer parte deste património musical onde me inscrevo. O maior desafio deste projecto de dez guitarradas foi, desde o início, o de compor algo que estivesse dentro da "linguagem" fadista de Lisboa mas que, ao mesmo tempo, revelasse um cunho próprio. Só o tempo e o público dirão se esse objetivo foi atingido!»
Bernardo Couto.
Armandinho Macêdo | participação especial Custódio Castelo
15 JULHO | 22H | CLAUSTROS EXTERIORES CONVENTO DA CARTUXA (CAXIAS)
Na sua 6ª edição, o Soam As Guitarras orgulha-se de apresentar um dos nomes maiores da música brasileira e baiana, o compositor, instrumentista e cantor, Armandinho, um verdadeiro ícone do Brasil.Vencedor de um Grammy em 2021 com o álbum "ROSA" da Cor do Som, onde a sua voz e guitarras fazem verdadeiramente a diferença, ao longo da sua carreira, Armandinho tem gravado e partilhado o palco com nomes como Caetano Veloso, Yamandu Costa; Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Rafael Rabelo entre outros.
Com cerca de 11 discos a solo e 30 com o Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar e a Cor do Som, segundo Luís Nassif, na Folha de São Paulo: "Afirmar que Armandinho é o maior bandolinista da atualidade é certo, mas é pouco. Dizer que é o maior bandolinista que surgiu no país depois de Jacob do Bandolim melhora, mas é insuficiente. Sustentar que é o maior instrumentista brasileiro surgido nos últimos 20 anos é justo, mas ainda não reflete todo o seu talento. Na verdade, Armandinho guitarrista e bandolinista, rei do carnaval baiano, é um dos maiores instrumentistas da história e um bandolinista à altura do rei Jacob. Tem lugar de honra em qualquer ranking dos maiores instrumentistas brasileiros do século..."
Participação especial Custódio Castelo
A frase "a guitarra é um navio nos mares das músicas", que define o percurso de Custódio Castelo, é prefeita para definir o encontro entre dois gigantes dos dois lados do Atlântico que terá lugar no Soam As Guitarras.
Ao longo do seu percurso Custódio Castelo acompanhou alguns dos mais notáveis, nomeadamente Amália Rodrigues nos seus últimos concertos nos Estados Unidos, Mafalda Arnaulth, Maria Bethânia, Vicente da Câmara, Manuel de Almeida, Fernando Farinha e Fernando Maurício. Gravou com Camané, Ana Moura, Mariza, entre outros. Virtuoso guitarrista tem-se apresentado como solista em importantes festivais internacionais, nomeadamente o de Belo Horizonte, o World Music of Philadelphia, o International of Rabat, o North Sea Jazz, nos Países Baixos, ou o Festival du Sud, em França. Com a Orquestra Sinfónica da Lituânia gravou o álbum "Só à noitinha" e tem partilhado o palco com músicos de outras áreas como o acordeonista Richard Galliano, os pianistas Olga Prats, Arrigo Cappelletti e André Dequech, o bandeonista Daniele di Bonaventura, o violoncelista Davide Zacaria, o contrabaixista Ben Wolf, o guitarrista Leonardo Amuedo e a cantora Carmen Linares. Desde 2008 leciona o primeiro curso superior de Guitarra Portuguesa no Instituto Politécnico de Castelo Branco. Em 2010 foi distinguido com o Prémio Amália Rodrigues para o Melhor Instrumentista de Fado. Em 2012 escreve o álbum "Inventus" e, em 2015, "Maturus".